quarta-feira, setembro 29, 2010

Estava assistindo Mensagem para Você agora a pouco. Gosto desse filme. Comediazinha romântica leve. Gosto da relação por palavras. Apesar de gostar do olho no olho, e troca de e-mails é tão autentica. E se mostrou tão verdadeira. Dois seres humanos despojados. Mesmo sem detalhar ou personalizar foram capazes de abrir seus corações sem preconceitos. E com muita sinceridade.
É engraçado como nomes, posições, empregos, etc e tal são capazes de nos rotular. Na verdade são nossos rótulos, nossos cartões de apresentação. Quem sou eu se não a Ana Paula filha, irmã, amiga, vendedora, escrevendo coisas. Mas quem sou eu¿ O que meu nome diz sobre mim¿ Ou melhor, o que as pessoas dizem sobre mim a outras¿ E quando essas outras me conhecem meu nome já vem cheio de significados, já vem carregado de conceitos e porque não preconceitos. Não importa se bons ou ruins. Somos o que comunicamos, mas também somos a visão que os outros constroem de nós. E se os outros não tiverem o mínimo de interesse que verificar se os conceitos pré-estabelicidos dos outros acerca de nós são verdades ou não, permaneceremos sendo apenas a visão dos outros. Eu não sou apenas a filha que minha mãe conta aos outros. Sou a filha que os outros me vêem sendo.
Gostaria mesmo de ter alguém para conversar. Alguém que ouça sem julgamento. Alguém a quem eu possa falar tudo do jeito que eu penso sem ter que ficar editando tudo a todo instante. E que me diga o que quiser. Do jeito que quiser. Tudo bem, não existe o não editar. Mesmo os mais impulsivos editam um bocado. É eu gostaria de ter alguém para compartilhar. Que entendesse que muitas das coisas que passam loucamente na minha cabeça são impressões, reflexões sem maldade. Apenas formas de tentar encaixar as coisas no lugar. Apenas formas de compreender. De tentar não julgar.
Gostaria... apenas de alguém.