terça-feira, fevereiro 07, 2006

~* Trechos *~

"E este raciocínio é absolutamente lógico e simples. Vejamos: se não fosse a causa, porém o efeito, teria obtido sua origem em outra coisa. Se não é original, portanto, não pode ser Deus. Este terá sido o que veio antes.
Aristóteles afirma, ainda, que Deus não tem forma nem tamanho. Se as tivesse, estas deveria ter sido determinadas por um evento anterior. E já vimos que não pode haver um evento anterior a Deus. A propósito, Deus também não pode mover-se, pois isto só seria possível caso Ele tivesse limite de tamanho.
Mais: Deus também é infinito no tempo ('Não teve começo e não terá fim'; nisto, as escrituras concordam). Porque, não fosse Deus infinito, algo haveria determinado Seu começo e viria a determinar Seu fim. Pos bem, se Deus estivesse sujeito à existência por tempo limitado por alguma vontade terceira, seria efeito, não causa. Mas já sabemos que Deus só pode ser causa.
Se Deus é infinito no tempo (eterno), no espaço e nem ao menos pode mover-se, o que restaria a Deus fazer? Pensar, segundo Aristóteles; apenas pensar*. Mas pensar sobre o que? Sobre Si mesmo, porque sendo Ele infinito, não haveria lugar no tempo e no espaço para outra coisa qualquer..."
*" Já que muitos de nós acreditam ter sido feitos à imagem e semelhança de Deus, pensar, portanto, será a ação que mais deverános aproximar desta semelhança do Criador."
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Trecho tirado do livro "Deus é inocente - crônicas de um publicitário sobre como você se comunica e o mundo se comunica com você", de Zeca Martins, pág. 65

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